A ex-ministra Tereza Cristina está matematicamente eleita senadora pelo MS. Embora o estado tenha apurado somente 84% das urnas apuradas, a vantagem da ex-ministra da Agricultura da Jair Bolsonaro é tão grande que não há como seus adversários ultrapassarem.

Às 19h16, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, a agora senadora eleita pelo PP tinha 61% dos votos válidos contra apenas 15% do também ex-ministro Luiz Henrique Mandeta (MDB). Em números absolutos, isso representa mais de 505 mil votos — ou seja, mais do que a soma dos demais candidatos obtiveram até então.

E Tereza Cristina ser eleita senadora no MS passou bem longe de ser uma surpresa. Ao longo de toda a campanha, as pesquisas de intenção de votos já apontavam o favoritismo da ex-ministra da Agricultura. Mais do que isso, a disputa pela vaga também representava uma briga entre uma aliada muito forte de Bolsonaro contra um ex-ministro que deixou o governo com atritos. Desde que deixou o ministério da Saúde, ainda no início da pandemia, em 2020, Mandetta passou a ser visto como um adversário político do presidente.

Com Teresa Cristina eleita senadora no MS, Bolsonaro vai ter uma fiel aliada dentro do Senado Federal a partir de 2023 — sendo ele reeleito ou não. Isso porque a agora senadora eleita foi não só uma das ministras mais próximas do governo como também uma ponte importante do presidente com setores estratégicos, o agronegócio. Além disso, ela sempre foi uma referência de moderação dentro do governo, chegando a ser cogitada a ser vice de Bolsonaro. Por isso mesmo, acredita-se que ela deve ser reconduzida ao cargo de ministra caso Bolsonaro seja reeleito.

Em relação aos demais candidatos, a disputa para o Senado no Mato Grosso do Sul terminou com Mandetta na segunda posição com 15%,  Professor Tiago Botelho (PT)com 12% e Juiz Odilon (PSD)com 10%.